sábado, 23 de maio de 2015

Keep calm and trust karma

Creio que, de tudo o que já vivi, a aprendizagem de esperar passivamente para que as coisas sigam o seu próprio rumo tem sido das lições mais difíceis com que me deparei.

É a raiva, o sentimento de impotência, a frustração de ver as coisas a acontecer e sentir-me mera espectadora; a única que, solitariamente, a tudo assiste num misto de incredulidade e tristeza.

E sentir que nos pisam enquanto os que tomámos por protetores escolhem virar-nos as costas.

Sou mais chorona que derrotada, queixo-me mas não deixo de fazer as coisas e odeio os falsos pretensos a super fortes e despachados que no fim acabam por só ter garganta e a chorona que lhes faça os recados.

Não sou hipócrita e não ando a tentar lixar os outros a deixar o 'ónus' da parte deles, como se o facto do 'ónus' ter ficado de um lado ou outro contribua para alguma coisa. Num barco a remos não se discute quem ficou de remar, tem de ser um esforço de equipa, divergências à parte, para que todos cheguemos a bom porto.

Agora, estou num barco em que o líder espera que a outra equipa reme por nós e uma colega que quer segurar todos os remos ao mesmo tempo, como se só ela fosse capaz de nos levar a bom porto e que quando tudo aperta faz coro com o líder em forma de birra.

É esgotante. É esgotante quando alguém põe em causa tanta coisa que já conquistaste e tu sabes que nada disto faz sentido.

E no fim respirar fundo... keep calm and trust karma.
solitariamente

"solitariamente", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/solitariamente [consultado em 22-05-2015].
solitariamente

"solitariamente", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/solitariamente [consultado em 22-05-2015, a tudo assiste num misto de incredulidade